Nota da AOfERGS sobre a abertura do CSPM
Toda iniciativa para melhorar e se possível recuperar a credibilidade na segurança pública do nosso Estado é louvável, dentre elas a proposição de uma carreira para nosso atual nível médio, luta que se arrasta por 20 anos e que parece não encontrar eco nas autoridades governamentais, seja por desconhecimento ou desinteresse em ver os leais e sempre preparados policiais e bombeiros do nosso Estado prontos para o bom combate, quer seja defender a nossa sociedade das mais diversas ofensas engendradas por criminosos ou forças da natureza. Na crise sempre haverá um policial militar e um bombeiro se achegando ao cenário de crise ou crime, enquanto a população evacua o local ou se protege dos criminosos.
Estamos vivendo momentos de crise financeira, segundo pregam os órgãos governamentais ha já longos 3 anos, crise que faz com que os salários destes profissionais, como o de tantos outros seja parcelado, direitos sejam retirados em situação jamais vislumbrada neste Estado.
Nos toma por surpresa, embora vejamos como de certa forma positiva a intenção do governo de abrir vagas para o quadro de Oficiais Superiores, porém isto nos remete a nossa batalha por uma carreira adequada aos servidores da Brigada Militar e Corpo de Bombeiros, uma vez que já é luta histórica e traria com certeza benefícios à população que deixaria de ter que ser onerada com mais efetivo; sendo prestigiado o militar estadual deixaria de ingressar na reserva por falta de perspectivas funcionais.
Acompanhamos na mídia gaúcha as propagandas do governo que usa o slogan “Todos pelo Rio Grande” e queremos lembrar que fazemos parte deste todo, uma parte importante, pois nos encontramos no tendão de Aquiles do nosso rincão “Segurança Pública”, nesta guerra urbana sem precedentes, dia a dia saímos de nossas casas sem saber se retornaremos. Será que não merecemos um pouco de consideração? Sermos ouvidos a respeito de nossas carências e necessidades? Na campanha eleitoral tivemos a oportunidade de conversar com o então candidato Sr José Ivo Sartori, pessoa que hoje personifica as esperanças dos gaúchos, dentre os quais, nos incluímos e me recordo muito bem que o candidato nas ocasiões que se dirigiu a nós, cito AOfERGS, ABERGS, ABAMF, FEDERAÇÂO e ASSTBM; reforçou que seríamos ouvidos e dentro de sua gestão levaria a cabo nossas solicitações e nos receberia para tratar do assunto.
Me parece que isto não vai ocorrer! Hoje 26 de janeiro de 2018, praticamente ingressando no ocaso desta gestão, continuamos aguardando pelo Sr governador para dar vasão ao combinado.
Abertura de concurso para novos agentes representa aumento de investimentos, não diria despesa por que quem se dispõe a enfrentar a insegurança pública não pode ser tratado como despesa e sim investimento, logo se existe capital para novos cargos existe capital para investir em quem já realiza o trabalho, depois o resultado do concurso só terá efeito para a população daqui a 3 anos e uma mudança na carreira surte efeito imediato com custo muito inferior!
Por outro lado, ficamos perplexos, será que o governo não sabe das nossas demandas? Será que chegam até ele nossas solicitações? Nossa diretoria esteve ao longo dos últimos anos em várias agendas formais com o secretário da casa civil e o líder do governo na assembleia buscando demonstrar as vantagens para o povo gaúcho de uma carreira mais equilibrada, não foi por falta de motivação, estímulo e perseverança!
Vamos por derradeiro acreditar e esperar que tendo em vista o grande número de concursos abertos para a Brigada Militar e Corpo de Bombeiros, venhamos a ser recebidos, e tenhamos nossa reivindicação de plano de carreira atendidos. O efetivo clama por isso e só não ouve quem não quer.
Colegas todos sabemos que investir no público interno para ascensão funcional faz parte das técnicas e teorias mais modernas da administração, assim persistimos na batalha e esperamos em breve ver atendidas nossas pretensões quanto ao solicitado, diga-se de passagem; um investimento com retorno garantido e que não precisa ser condicionado a negociação da dívida do nosso Estado, pois o benefício é maior que o mínimo custo que irá representar.
Continuamos alertas e trabalhando pelo interesse de todo o nível médio, as assembleias gerais realizadas pelo Estado, as muitas moções de apoio das câmaras de vereadores do Rio Grande do Sul, o trabalho realizado pelas comissões da assembleia legislativa e os contatos com as autoridades e políticos capazes de resolver este pequeno problema não podem ter passado em vão! Depende de vontade política!!!
Elias Daniel Poncio
Presidente da AOfERGS